quinta-feira, 25 de setembro de 2008

As faces de Freddie Mercury: documentário



A verdadeira história de Freddie Mercury (1946 -1991) é um documentário convencional sobre a vida do vocalista do grupo inglês Queen, morto pela Aids. Os diretores Rudi Dolezal e Hannes Rossacher descem a detalhes da trajetória do lendário personagem nascido Farrokh Bulsara em Zanzibar, na Tanzânia, de pais persas que trabalhavam para o governo britânico. Seus primeiros anos são mostrados com um jovem ator, Zal Bahardurji, no papel de Mercury, calçado por depoimentos da mãe, Jer Bulsara, e da irmã, Kashmira Cooke. Mais adiante é mostrada sua educação num internato da Índia, onde ele despertou para a música e formou sua primeira banda.

Estrelas da música pop como Mick Jagger, Roger Daltrey, Elton John, Paul McCartney, Robert Plant e outros derramam elogios sobre Freddie, enquanto seus amigos de banda o chamam de muito tímido (Brian May) e "cheio de surpresas e idéias criativas" (John Deacon). Freddie diz sobre si mesmo que a coisa mais importante na vida é a felicidade, que transparece no trabalho, daí seu objetivo na vida era ser feliz, além de ganhar dinheiro para comprar um monte de coisas.

Ele teve uma fase heterossexual na primeira parte da vida, chegou a ter uma companheira por seis anos, mas saiu do armário quando ficou famoso à frente do Queen. Amigos acreditam que ele contraiu a doença numa fase em que viveu em Nova York num ritmo de total promiscuidade. Freddie dava festas monstruosas, uma delas durou três semanas, com as aprontações mais inacreditáveis. Numa delas tinha um anão deitado numa mesa coberto de patê de fígado. Toda vez que era cutucado por um garfo de pontas rombudas, ele se contorcia em esgares. Sem falar em strip teases e outras coisitas dignas de bacanais romanos.

A parte da carreira com o Queen é deixada de lado em função de uma abordagem mais minuciosa de sua personalidade. A estilista psicodélica Zheda Rhodes fala das roupas que fazia para eles, encarregada de ajudar a transformar o cara tímido na persona capaz de reger 60 mil pessoas num estádio. A fascinação de Freddie pela cantora lírica catalã Montserrat Caballé, por quem ficou fascinado ao assistir uma apresentação e não sossegou enquanto não gravou e fez uma turnê de um ano com ela. Monteserrat conta os detalhes da parceria dos dois, incluindo gravações de conversas e o fascínio mútuo. Fred disse que ia trocar o rock pela ópera, mas a doença lhe negou esta possibilidade. "Não lamento nada que fiz, sou apenas eu," diz ele numa das últimas falas do documentário, quando também aparece uma faixa: "Legends never die".

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